segunda-feira, 14 de julho de 2014

VAIDADES X FUTEBOL

Vergonha

Hoje vou fugir um pouco do objetivo deste blog que é o futebol de Barbacena para entrar num assunto  um pouco diferente no futebol: a vaidade exagerada dos jogadores brasileiros que se preocupam mais com os seus cortes de cabelos, brincos de brilhantes, tatuagens e chuteiras extravagantes. Saudades das seleções de 58, 62, 70 onde só se preocupavam em massacrar os adversários com o seu futebol de primeira linha, deixando de lado as vaidades que, inclusive não eram permitidas pelos treinadores de ponta do futebol brasileiro. Lembro inclusive do caso do argentino Doval, que por sua cabeleira longa foi repreendido pelo técnico Yustrich e obrigado a cortar as suas longas madeixas para continuar no time, e do saudoso João Saldanha, o “João Sem Medo”, que controlava com pulso firme seus comandados onde estavam verdadeiros craques como Pelé, Tostão, Gerson, Rivelino, Jairzinho, e tantos outros mais, que se preocupavam mais com a bola do que com a aparência pessoal.

Hoje jogador de seleção desfila suas tatuagens e brincos de brilhantes, tendo até cabelereiro nas Granjas Comary para criar os mais estranhos cortes de cabelo e tingir as vastas cabeleiras de cores de gosto duvidoso, mas na hora de apresentar em campo o que realmente conta no futebol, deixam a desejar como foi na partida contra a Alemanha onde assitiram o jogo de um local privilegiado, o gramado do Mineirão, cujos torcedores por muitos e muitos anos não irão esquecer aquela vergonhosa atuação que foi comemorada com um batuque dentro do ônibus que levou a seleção de volta à concentração, numa prova total de falta de vergonha na cara.

Os jogadores das outras três seleções semifinalistas, com raríssimas exceções, se portaram como cidadãos que estão defendendo o seu país como se estivessem em uma guerra: com seriedade e vontade de ganhar, lutando até o último minuto pela vitória e honrando o seu uniforme de jogo como se fosse uma farda de suas forças armadas.

Que venha a renovação deste bando de metrosexuais e sejam convocados jogadores, e comissão técnica, menos preocupados com as chuteiras coloridas e este futebol em preto-e-branco, que tivemos o desprazer de assistir nesta copa de 2014, e mais comprometidos em jogar o futebol que, outrora, conquistou o mundo.